sexta-feira, 10 de junho de 2011

Um Beijo do Gordo II



Já fiz um post com esse título no outro blog, por isso o número II na frente, em algarismo romano como manda o padrão, no outro post porém falava do Jô Soares e de uma entrevista que assisti no programa dele, nesse post o gordo é outro, um que se aposentou e jogou sua última partida de (pasmem!) futebol na terça-feira passada. O Jô não vai se aposentar tão cedo, sua cultra e seu preparo em termos intelectuais permitem que ele fique ainda muito tempo na ativa, mas o outro gordo teve que parar cedo, exigido que foi pelo esporte de alto rendimento que agora se apregoa na justificativa de se tirar suco dos atletas de ponta!!!

O gordo em questão não deixa de ser um herói por ter conseguido tudo que conseguiu mesmo saindo de onde saiu, mas está longe de ser um exemplo, tirando o Galvão Bueno que é um tiozinho alucinado que falta lamber o chão onde o gordo passa, temos que escolher melhor os nossos heróis!! Na narração do tal jogo de despedida, lembrou-se todos os grandes feitos que do tal jogador pelo Brasil. Mas que grandes feitos? Ganhar copas do mundo? Isso por acaso pode ser colocado nos livros de história ao lado da queda da Bastilha?

O Brasil precisa de uma identidade com uma pessoa que tem cultura, que sabe falar bem, se expressar, que defenda a educação, que se comunique bem com o povo e com os acadêmicos, que tenha carisma e bom coração e pessoas assim só se constróem com livros (parafraseando o branquelo Monteiro Lobato), mas onde por os livros, se em cada comunidade pobre se constrói uma quadra? Um campo de futebol? E nunca uma biblioteca! Por acaso pobre não pode ler? Não sabe? Não gosta? e porque não um teatro no lugar da quadra? Pobre não pode ver teatro? Não pode fazer teatro? Música?

Nosso país até agora está sendo construído por homens e bolas e não por homens e livros, só que os exemplos da bola eu, sinceramente, não gostaria de ver meu filho seguindo!!!

Enquanto isso ficamos com um Galvão orgástico, glorificando feitos idiotas baseados em estatísticas inúteis que em nada enriquecem nosso conhecimento, que tal trocar o próximo jogo de despedida por um bom documentário???