quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dylan e seus dilemas



A primeira vez quem me deparei com Bob Dylan, foi numa música do Engenheiros do Hawaii que tinha exatamente essa frase ai de cima: "Dylan e seus dilemas", algum tempo depois ele foi uma das principais estrelas de um festival de rock que acontecia uma vez por ano chamado Hollywood Rock, numa época em que não era politicamente incorreto divulgar marca de cigarro em festivais culturais, esportes e afins, na verdade nos irritava mais o anúncio da Jovem Pan como a rádio oficial do Hollywood rock do que a própria marca do cigarro, porque a Jovem Pan não tocava um segundo de rock na programação dela e quando tinham os festivais adorava aparecer!

Mas naquele ano uma das atrações era ele: Dylan, um velhinho com roupas amarrotadas, cara amarrotada e cabelo não menos amarrotado, Dylan era e é, uma lenda viva da Folk music, com letras que (por incrível que pareça) fazem sentido quando traduzidas, e foi assim que conheci Dylan, até porque eu fui no festival daquele ano, mas não fui na noite do Dylan, fui na noite do Bon Jovi (tudo bem também tenho meu lado sem noção), acontece que alguns dias depois ao comprar minha revista favorita (e única) sobre música recebi num encarte as letras (algumas) traduzidas de Bob Dylan e ai eu realmente pude ver o quanto era completo aquele artista, que dizia críticas de forma poética e que era brilhante como poucos...

Hoje não se presta mais atenção a Bob Dylan, o que é uma pena, professores de inglês e até mesmo de história poderiam resgatar Dylan, e seus dilemas também, pois a sua trajetória se mistura a história dos Estados Unidos na época da guerra do Vietnã e do movimento hippie, sim, Dylan não é Elvis, não é bonitão, nem topetudo e nem requebra igual, mas Dylan é daquelas figuras únicas, que imortalizaram pela sua música os fatos do seu tempo, verdadeiros documentos suas canções ainda hoje soam atuais, pedindo paz e compreensão, ou mesmo falando de amores, contando histórias todas embaladas de arranjos simples e de letras diretas e afiadas, foi mais um texto de fã ou uma crítica sem pretensões de detonar ninguém, mas a idéia de hoje é exatamente resgatar Dylan, trazer suas músicas ao jovem de hoje que só ouve funk, fazer uma degustação da obra de Dylan que ainda hoje consegue como poucos produzir muita música boa!!!!

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